Memória Patrimônio e história local
A residência que hoje abriga a Biblioteca Pública “Osmário Soares Nogueira” foi construída por Agripino Augusto Pereira de Lima, farmacêutico, na década de 1920. Senhor Agripino Lima possuía no local sua farmácia. Mais tarde, provavelmente na década de 1940 a casa foi adquirida por Moacir Soares Diniz e até a década de 90 pertenceu à família Diniz, sempre como residência.
Na década de 1990 a casa foi adquirida pelo Câmara dos Diretores Lojistas de Itaúna – CDL. Para atender como sede e escritório a casa passou por reformas e adaptações, sem, no entanto, modificar suas principais características arquitetônicas.
Esta casa é um dos raros exemplos da arquitetura eclética, típica no início do século XX. Sendo a característica principal a leveza dos traços curvos do neoclássico, com suas janelas alinhadas e curvas, amplas e uniforme. O alpendre com gradil e corrimão de madeira, com escadaria na parte central. Possui telhado com 9 águas, todo coberto de telhas cerâmicas curvas. Construída no alinhamento da rua, mas recuada à frente onde abre espaço para um pequeno jardim, além do recuo lateral interno.
A construção se ergue acima do nível da rua, o que lhe dá imponência e destaque. Constituída de uma estrutura monolítica e erguida em alvenaria de tijolo, reboco, látex, enquadramento em massa, arco pleno, esquadras de madeira, janelas de peitoril de madeira em folhas.
A importância desta casa não se restringe aos seus aspectos arquitetônicos, mas também a história dos moradores e dos inúmeros serviços alí prestados à comunidade itaunense. Nesta casa, além da farmácia do sr. Agripino Lima, funcionou também o escritório da Transportadora Diniz. Foi sede do CDL de Itaúna e depois serviu de sede da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. E, hoje, em missão nobre acolhe a Biblioteca Municipal “Osmário Soares Nogueira”.
A preservação desta casa, representa a grandeza da memória arquitetônica de Itaúna e guarda para a posteridade os sinais da importância do seu entorno – praça da Estação – para a vida comercial e cultural da nossa cidade.
O edifício foi tombado no ano de 2012, pelo prefeito municipal Eugênio Pinto e recebeu o nome de Casa “Pe. José Ferreira Netto” em homenagem a este sacerdote pelos inúmeros trabalhos prestados à comunidade Itaúna.