Casa dos Engenheiros da RFFSA

Memória Patrimônio e história local

Histórico: “A história da Casa dos Engenheiros da RFFSA está ligada ao plano de expansão da Ferrovia. Sua construção data de 1917. Sob a responsabilidade do Dr. Abrahão Leite, a casa foi construída para servir como residência dos Agentes de Estação e Engenheiros da Rede Ferroviária. Dr. Abrahão Leite foi o primeiro Engenheiro a residir na casa, sendo seguido por outros engenheiros que trabalharam no processo de expansão da malha ferroviária na região.

Sua arquitetura segue uma linha atualizada e elaborada para a época, refletindo o positivismo e a modernidade o movimento eclético, que se difundira, também, pelo interior de Minas Gerais. Chamam atenção os recuos frontais, posterior e laterais. Construída em alvenaria de tijolos, com reboco de argamassa em estilo eclético e com traços evidentes da renascença francesa e italiana, onde se destaca a simetria e o alpendre central, ladeado por dois volumes encimados com frontão reto e beiral com fechamento de madeira.
O conjunto é completado pela bela escada frontal de acesso duplo e central, decorado com guarda-corpo de ferro onde destacam o belíssimo acabamento feito em grade de ferro e corrimão em madeira. Ainda compõe à sua frente o muro que traz em destaque a entrada com um portão de ferro ao centro, trabalhado e ladeado por dois pilaretes.

O casario ainda é ladeado por jardins e possui uma garagem à frente com terraço superior, área de lazer ao fundo com churrasqueira, piscina e deck – provável construção posterior – e um barracão para serviços gerais. Com a desativação da Estação Ferroviária, a casa que estava ocupado por um funcionário da extinta RFFSA que, mesmo depois de aposentado continua residindo na casa e está com uma ação de litígio com o DNIT, requerendo o usucapião da casa. E enquanto isso não se resolve a casa está em processo de deterioração e não vem sendo preservada.”

Texto retirado do Caderno do Patrimônio Cultural de Itaúna: Bens Patrimoniais Tombados e Registrados. Edição 01, Itaúna: Codempace, 2017.